Essa semana concluí a leitura do
Guia Politicamente Incorreto dos Presidentes da República, de uma forma geral o
livro é bom, gostei da abordagem do autor, longe do excesso de datas e
acontecimentos banais, ele traz os conchavos políticos dos mandatos
presidenciais, contando a vida profissional e íntima dos chefes do executivo,
inclusive detalhes físicos desses homens, o que deixa o livro um tanto cômico.
Porém, é aparente a afinidade
demasiada do autor para com alguns políticos. No capítulo sobre o presidente
Fernando Henrique Cardoso, Paulo Schmidt não fala dos casos polêmicos ocorridos
no mandato do tucano, como, por exemplo, a cooptação escusa de votos para aprovar
a emenda constitucional que deu ao chefe do executivo federal o direito de se
candidatar a um segundo mandado, contada de forma sucinta e positivamente.
Em outra parte, ainda a respeito
de FHC e a oposição, afirma que essa é de esquerda, levando o leitor a crer que
Fernando não é de esquerda. Quando, em páginas anteriores, pasmem, o escritor
revela a simpatia do presidente por Karl Marx e seus escritos. A visão de que o
PSDB é de direita não é compartilhada apenas por Schmidt, grande parte da mídia
brasileira tem a mesma posição. Para eles, como o tucanato é liberal na
economia, isso basta para defini-los como de direita.
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