sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O retrato da educação potiguar

No mês passado os dados divulgados pelo ministério da educação trouxeram a tona um fato triste na educação do Rio Grande do Norte, o estado apareceu em penúltimo lugar no Índice da Educação Básica (Ideb), em se tratando de Ensino Médio ficou à frente apenas do Piauí, último colocado.

Passado quase um mês dos resultados, um episódio ocorrido na última sexta – feira (30) veio confirmar a situação educacional do estado, ao fazer campanha no centro de Natal, a presidenciável Marina Silva foi abordada por uma criança que lhe pediu um caderno, a menina aproximou – se da candidata e disse: “Compra um caderno pra mim?”.

Segundo Luciana Marques (veja.com), Marina ficou preocupada e comentou com uma de suas correligionárias o porquê da garota estar pedindo esmola, pois ela era para tá cadastrada no programa de assistência social. A petiz, de nome Andreza Alexandre da Silva, diz – se não possuir material escolar adequado. “Estou estudando, mas com uma folha”, indagou.

Mas o problema da educação no RN não está só ligado a carência de material didático, as escolas estão sucateadas, faltam laboratórios de informática, ferramenta essencial no ensino atual, muitas estão sem professores qualificados, como é o caso de Mossoró – segunda maior cidade do estado – onde 5.300 professores da rede de ensino ainda não têm curso superior (dados da Sinte/RN), outras com déficit de professores, como aconteceu com a Escola Estadual Alfredo Mesquita, do município de Macaíba – zona metropolitana de Natal – que no ano passado só chegou professor de química no meio do ano.

A precariedade do ensino potiguar é fruto da falta de competência das autoridades, que preocupadas em se eternizarem no poder logram a população com eventos sociais passageiros de cunho demagogo, deixando sempre a educação em segundo plano. Além disso o governo teme em investir nela, pois sabe que um cidadão instruído é um cidadão que passará a exigir os seus direitos e influenciará nas decisões políticas.