quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Políticos ou beatos?

Nos últimos meses um dos assuntos mais noticiados nos blogs que falam do dia a dia dos políticos norte - rio - grandense é a participação maciça dos mesmos em procissões, missas, novenas e todos os tipos de comemorações da Igreja Católica. Os títulos das matérias são muito parecidos: governador (a) participa da festa de São Sebastião, senadores prestigiarão procissão de Nossa Senhora dos Remédios, deputados vão à missa de Nossa Senhora da Esperança... É mais ou menos isso.

Nas procissões eles têm formado um tipo de fila no formato horizontal, na qual nomear fica difícil, mas muitas vezes estão no lugar dos porta – bandeiras ficando juntinho dos padres e demais autoridades eclesiásticas. Nas missas estão sempre no primeiro banco, tomando o espaço das carolas e beatas.

Não que os anjos e os santos não mereçam suas presenças, mas será que os políticos estão participando dessas comemorações porque são realmente super religiosos e devotos dos mais variados santos, ou porque estão procurando apoio político e uma boa imagem frente à sociedade para angariar votos? – pergunta difícil de responder.

Um comentário:

  1. De super devotos e religiosos esses inescrupulosos e pseudo-representantes do povo, nada tem. São falsos moralistas que estão entranhados na política e em vários outros setores da sociedade. Usam a religião e os seus teatros, que são cultuados por muitos cidadãos de boa índole, e com a conivência dos representantes eclesiásticos que de alguma maneira, seja direta ou indiretamente, também participam do jogo sujo e tentam angariar simpatizantes que nas eleições se transformam em votos.
    Não é de agora que esse ritual macabro acontece. Desde os primórdios das civilizações que existe a miscigenação entre o sistema político e a religião. Estado e Igreja, juntos, formam um poderoso e eficiente órgão manipulador e formador de opinião. Ambos se completam.
    O Estado tem o papel de criar as regras e a Igreja o de conter os possíveis ânimos exaltados, antevendo maldições e maus presságios para aqueles que de alguma forma se puserem contrários. E assim a humanidade é regida.
    Parabéns André, pelo brilhante artigo.

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